Os moradores da cidade pesqueira de Grindavik, na Islândia, estão preocupados com a possível erupção de um vulcão adormecido depois de terremotos de pequenos e médio portes.
Isso porque, a península de Reykjanes, na região oeste da Islândia tem observado a movimentação do magma do vulcão que vinha adormecido ao longo dos últimos 800 anos.
Com isso, os moradores estão deixando a região e se encaminhando para a capital do país, a cidade de Reykjavik, cerca de 30 quilômetros da zona vulcânica.
Mas, quando pode acontecer a erupção do vulcão? Entenda como está a situação na região e o que despertou o vulcão adormecido.
Os alertas de erupção no vilarejo na Islândia

Os geofísicos que estão analisando a região vulcânica alerta para uma iminente erupção, principalmente com lava.
Assim, essa será uma situação contrária ao que houve no país em 2010, quando o vulcão Eyjafjallajökull causou uma enorme nuvem de fumaça.
A erupção causada pelo vulcão adormecido levou a interrupção de cerca de 900.000 voos em toda a Europa.
Desta vez, as preocupações são grandes, já que desde 24 de fevereiro, Grindavik e o sistema vulcânico Krysuvik foram registrados mais de 40.000 tremores de magnitude 5,7.
Com isso, mesmo que em uma zona amplamente desabitada que inclui o Monte Keilir esteja em perigo, a pequena cidade pesqueira também poderá ser atingida.
Nível incomum de atividade

Grindavik nunca havia testemunhado tanta atividade sísmica na memória humana, de acordo com a coordenadora de perigos vulcânicos Sara Barasotti, do instituto meteorológico da Islândia, IMO.
Segundo o vulcanólogo da Universidade da Islândia, a rocha derretida que estava a um quilômetro abaixo da superfície provavelmente subiu de 8 a 10 quilômetros de uma câmara magmática inferior.
Assim, segundo o especialista, não é possível prever quanto tempo pode levar para que a erupação aconteça.
No entanto, para o vulcanólogo, está claro que a explosão será acompanhada de lava e não de cinzas, como ocorreu no outro vulcão.
Com isso, é preciso ter maior cuidado na análise de dados e fazer a evacuação da área de forma preventiva, já que a força e os estragos não podem ser calculados.
Zona de choque tectônico

A Islândia se estende pela zona de choque entre as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte e, por isso, experimenta uma erupção, em média, a cada cinco anos.
Em 1973, fontes de lava surpreenderam os habitantes da ilha de Heimaey, saindo de uma fissura a apenas 150 metros do centro da cidade.
Em junho do ano passado, especialistas alertaram que o vulcão mais ativo da Islândia, Grimsvotn, estava prestes a entrar em erupção sob uma geleira, mas até agora isso não aconteceu.
Assim, por se tratar de uma ilha, as autoridades ficam muito atentas com as movimentações tectônicas para garantir a retirada da população.
Então, o vilarejo na Islândia segue sendo monitorado, mas em todo país fica a preocupação com outros vulcões. Que tal aproveita a visita e conhecer um pouco mais sobre a Rússia?
