A pandemia do coronavírus causou estragos na economia alemã. Desde 2013, quando o país se estabilizou depois da reunificação é a primeira vez que as contas chegam no vermelho.
Isso porque, a crise causada pela Covid-19 trouxe grandes perdas econômicas e causou um estrago nas contas da Alemanha.
Assim, a necessidade de manter o país por meses em lockdown, elevaram os gastos públicos para que o governo suportasse as empresas.
Com isso, desde a reunificação alemã em 1991, o país não passa por um déficit tão grande, motivado pela queda abrupta da receita tributária.
Qual a situação atual da economia alemã?

Atualmente a Alemanha registra um déficit de 198,2 bilhões de euros em 2020. Os números atuais contrariam os 45,2 bilhões de superávit que o país registrou em 2019.
Isso porque, antes da pandemia, a Alemanha era considerada a terceira maior potência econômica do mundo, atrás somente de China e Estados Unidos.
Mas, com a chegada da pandemia, o país passou a recolher poucos impostos e ter que custear as empresas para que a maioria não viesse a falir.
Além disso, os gastos com a saúde causaram um estrago nas contas do país, já que foi necessário equipar hospitais e tratar os doentes.
Uma política abalada pela pandemia
A chanceler Angela Merkel propagou em seus anos de governo o que ela chamou de “black zero”.
Isso porque, o país não interferia nas empresas e não tinha políticas voltadas para beneficiar os empresários.
No entanto, a pandemia demandou de uma mudança urgente de postura, onde a abordagem mudou.
Assim, em 2020, a chanceler precisou criar mecanismos para ajudar o país a passar pela crise, evitando a falência de muitas empresas.
Mas, essa ajuda ainda não acabou, porque a Alemanha vive a terceira onda do coronavírus, mantendo boa parte do comércio fechado.
Com isso, pelo menos até o final de abril o país ainda terá que arcar com muitas despesas para continuar em pé.
Economia alemã no vermelho, mas respirando

As empresas ainda contam com a ajuda do governo, mas aos poucos estão voltando a funcionar, principalmente o setor industrial.
Com isso, o número de trabalhadores em jornada reduzida começou a diminuir, o que deve aliviar os gastos do governo.
Afinal, durante os meses de lockdown severo, os funcionários de empresa fechadas continuaram empregados, recebendo 60% do salário.
Assim, esse programa de proteção aos postos de trabalho evitou uma demissão em massa desde o início da pandemia.
Mas, a realidade ainda é dura e até que a economia volte a reaquecer, o governo ainda precisará ajudar os empresários para manter a folha de pagamento.
Isso porque, o país ainda conta com 2,7 milhões de funcionários em jornada reduzida ou em casa.
No entanto, o cenário já se apresenta melhor. Durante os picos mais fortes da pandemia, a paralisação gerou 6 milhões de trabalhadores em jornada reduzida.
Mas, apesar dos números e cifras tão expressivas, o governo já estuda um plano para reaquecer e fortalecer a economia nos próximos anos.
Que tal, você imagina que a economia alemã estava tão abalada pela pandemia? Então entenda como está Madrid, que está evitando as restrições.
