Nesta segunda-feira (29), os trabalhadores da Amazon na Alemanha fizeram greve em todo o país para exigir salários melhores.
Então, após a convocação realizada neste domingo (28), os funcionários e terceirizados da empresa americana vão cruzar os braços ao longo de quatro dias.
Isso porque, os colaboradores exigem que a Amazon, uma das maiores empresas de comércio eletrônico, aumente os salários em todas as categorias.
Trabalhadores da Amazon querem salários mais altos

Diferente dos funcionários italianos da Amazon, que paralisaram as atividades por um dia na semana passada, os alemães não querem melhores condições de trabalho.
Isso porque, as leis alemãs estabelecem uma série de regras para contratação de mão de obra. Mas, os salários não são bons.
Por isso, como a Amazon faturou milhões de dólares com a crise do coronavírus, os trabalhadores querem receber melhores salários.
Aliás, os lucros da Amazon dispararam durante a pandemia, tornando a empresa uma das maiores vendedoras em 2020 no país.
Trabalhadores acusam Amazon
Os funcionários da Amazon estão acusando a empresa de não resguardar a saúde dos seus colaborares, não aderindo às diretrizes de distanciamento social.
Assim, muitos funcionários se veem em risco de contágio da doença, já que os locais de trabalho não estão adaptados às condições.
No entanto, a Amazon rejeitou a acusação e disse que tomou as medidas adicionais para proteger os colaboradores.
Além disso, a empresa alega que as bases da Amazon que estão aderindo a greve são mediadas por sindicatos desde 2013.
As operações da Amazon na Alemanha

Na última sexta-feira (26), a Amazon anunciou que aumentaria os postos de trabalho na Alemanha, com a contratação de 5.000 novos funcionários.
Com isso, o número de colaboradores da Amazon no país passa de 23.000 para 28.000, a maior força disponível na Europa.
Aliás, depois dos Estados unidos, a Alemanha é o segundo maior mercado da Amazon. Por isso, a empresa está de olho em possíveis manifestações também nos EUA.
Afinal, o primeiro sindicato da Amazon nos Estados Unidos, em 27 anos de história, está sendo votado nesta segunda-feira (29).
As greves e o coronavírus

As manifestações e paralisações acontecem em meio a uma crise no país, devido a terceira onda do coronavírus.
Na manhã desta segunda (29), a chanceler alemã Angela Merkel estuda adotar restrições federais ainda mais rígidas.
Isso porque, segundo a chanceler, os estados não estão impondo ações mais restritivas de combate à Covid-19.
Além disso, a semana santa está sendo um motivo de preocupação para as autoridades, já que as medidas estão divergindo.
Assim, para conter o avanço da terceira onda, a chanceler sinalizou que pode interferir e impor medidas mais rígidas caso os números de contágio estejam crescentes.
Em meio aos problemas de distanciamento causados pela Covid-19 e os lucros altíssimos da Amazon, sem pagar bons salários, como fica a situação da empresa na Alemanha?
Bom, para responder esta questão, é preciso acompanhar o desenrolar dos próximos dias de greve para ver o quanto a empresa pode ceder.
Então, além da greve dos trabalhadores da Amazon na Alemanha, entenda como foi a paralisação na Itália.
